sábado, 30 de outubro de 2010

UM POUCO MAIS SOBRE MIM ...

  1. Sossegada, tranquila, na minha. Sou muito observadora. Sei reconhecer uma pessoa de bom coração e valorizo muito a sinceridade.  Enfim, sou normal. Quando perco amigos para o mundo ou para a vida, fico triste, me sentindo desamparada, mas logo começo a procurar outro ser que possa ser tão humano e tão capaz de carregar este presente tão nobre. Quem encontra um amigo, encontra um tesouro, e tesouros devem ser lapidados e preservados para sempre.  

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

A HISTÓRIA DA ROSE DA TROMPA

...OU SERIA A HISTÓRIA DA TROMPA DA ROSE? Tanto faz. Somos uma só história.
É assim que defino essa relação de amor com minha trompa.
Estudei música na AD Itaquera-SP. O pastor José Pereira da Silva sempre incentivou os grupos de música do setor nove (Itaquera). Foi difícil para eu conseguir realizar este sonho. Como tudo na minha vida. Não foi fácil convencer minha mãe que eu era apaixonada por música, portanto ela não me deixava ir às aulas de música. Só deixava meus irmãos mais novos ( o Isac e a Raquel). Eu não entendia o motivo,mas ela dizia, NÃO VOCE NÃO VAI E PRONTO. Bom, eu nunca fui de discutir com meus pais, então quando eu queria conquistar algo eu fazia de forma sutil, até conseguir provar que era capaz, daí então eu os convencia e pronto. Foi bom, pois até hoje quando alguém me diz que não posso, eu provo ao contrário, as vezes demora, mas eu provo. Não sei porque, mas tem sempre alguém querendo matar os meus sonhos, será que tenho cara de incapaz? Sou tão confiante... Bom, mas isso é assunto pra outra oportunidade. Pra resumir a história com a música, eu dei um jeitinho de aprender música sozinha. Quando meus irmãos chegavam das aulas e iam estudar o BONA para a próxima aula, eu chegava até eles, como quem não queria nada, porém, querendo, e perguntava como eles sabiam cantar as notas, reconhecê-las, enfim, queria saber em que consistia cada significado das tais bolinas pretas. Bem, desta forma eu descobri o nome de cada uma delas, o valor, se estavam na linha, espaço e por aí vai. Aprendi primeiro a ordem MI-SOL-SI-RÉ-FÁ e FÁ -LA -DÓ-MI. O certo é que eu comecei a decorar tudo jeito que era possível, já que eu não tinha professor. Depois de estar bem íntima do pentagrama, fiz uma apresentação das cinco primeiras lições do BONA à minha mãe Valdecy F. Marques, diante dos meus irmãos (para provar que eu estava por dentro da coisa) e só então consegui ter a permissão para ir a aula de música. Na época frequentávamos a congregação de Vila União no setor nove. Repeti as lições ao professor Enio, que ficou de boca aberta com o que apresentei dizendo que aprendera sozinha. Pra decorar eu era ótima. Bom, passada essa fase, consegui entrar na escola de música da igreja sede, a chamada catedral. Continuei meus estudos com o professor Aleci do jardim Marabá e logo ganhei um instrumento novo (surpresa) do meu pai pastor João Marques. Era um trombone, rsss, ele comprou errado, eu queria um sax-horns por que todas as meninas tocavam essa Chiquinha ou clarineta. Sempre achei a clarineta muito delicadinha e pequena para mim que sempre fui grandona e pouco delicada. Depois que convenci meu pai a trocar o trombone pela Chiquinha, entrei na bandinha mirim do setor nove (Conjunto Musical Pastor Cícero Canuto de Lima) regida pelo maestro Benedito o BIU, meu amigão. Depois de alguns anos resolvi mudar para o setor 02 no campo de São Miguel Paulista, pois estávamos morando perto da igreja do Jardim Helena. DAÍ COMECEI A ESCREVER MINHA HISTÓRIA COM A TROMPA. Fui tocar na Corporação Musical 18 de Agosto com o maestro Gérson Alves da Silva, outro amigo da época. Gente, pensa numa banda sinfônica que não tinha trompa,mas tinha mais de 20 sax-horns. Era inacreditável, mas o Gérson tocava 1812 de Tchaikovsky com solo de trompa, ou melhor de Sax Horns. Como ele era um maestro antenado, percebeu que não dava mais pra fazer essas loucuras em fins do século 20, por isso resolveu investir em trompas na banda. Mais uma vez, não fui escolhida pra fazer parte do grupo de elite das chiquinhas. Não tinha explicação, era não e pronto. O professor de trompa das emergentes era da banda da Guarda Civil Metropolitana o Ismael Clarim (o Recife). Ele já tocava outros instrumentos na banda havia muito tempo. Um belo dia, quando se aproximava um dos congressos de jovens do Jardim Helena. (O regente da mocidade era o Simeir Paulino). Ele mesmo fazia o hino oficial e sempre tinha alguém pra ajudar a fazer o arranjo para uns dez músicos. Faltava uma semana para o congresso e o Recife me chega e diz pra eu tocar trompa no lugar dele no dia do congresso porque ele tinha que trabalhar na guarda naqueles dias. Eu falei: é impossível Ismael. Eu nunca peguei numa trompa. Tem três alunas na trompa ( a Laudiceia, a Misma e a Luciana- marmota,rsss). Ele insistiu e eu aceitei. Pedi pra ele me passar a escala e as partituras.  Eu nunca tinha orado tanto, consagrado e jejuado como eu fiz em uma semana. Tocava de joelhos, pra quem sabe ser iluminada para entender como tirar um som decente daquele troço. A primeira dificuldade foi ter que tocar com a mão esquerda, coisa que não é comum para quem toca uma chiquinha. Bom, o dia do congresso chegou. Ninguém sabia que eu estava na orquestra do Simeir. Quando de repente, quem senta do meu lado. O Anderson Alves na clarineta, O cara é fera, meu amigo, mas dava vergonha tocar perto dele, muito fera. Eu gelei. A campana da trompa estava virada pra ele. Não tinha a menor chance de esconder o som que sairia dela, a menos que eu não tocasse. Foi o que eu fiz, só dublei. E ele ainda disse no final que tava bom. Meu Deus, que garoto de ouro! Passado o susto, na semana seguinte eu fui toda animada pedir para o maestro Gérson me deixar estudar trompa. Sabe qual foi a resposta? Claro. Foi não, e pronto.Continuei insistindo, até que ele me deu uma esperança e disse que poderia estudar, mas só depois que eu comprasse a trompa. Eu perguntei porque, ele disse que meu pai tinha condições financeiras para isso. Meu pai não quis nem cogitar essa idéia. Achava desnecessário, dizia que eu já tinha um instrumento estava bom de mais. Os anos se passaram, mudei com meus pais para Teodoro Sampaio-SP ( mudávamos mais que ciganos) onde toquei por quase 05 anos com os maestro Urias Ferreira da Silva e Emerson Ataide. Nesta cidade tive uma experiência agradável de ensinar o pouco que aprendi a alguns alunos que que quiseram aprender, um deles foi o Saulo que hoje toca na orquestra do Parque Cedral em Prudente. Pude também ajudar a criar o jornal Melo Music e trabalhar com uma turma maravilhosa como o Alviano, Darci, Eli Ferreira da Silva e a Daiane no jornal, para arrecadar dinheiro para comprar instrumentos para a  orquestra. As vezes vendíamos pizzas e sorvetes também É claro que minha trompa nunca esteve na lista de aquisições, nem desta, nem das outras vezes anteriores e futuras, mas hoje entendo o propósito de Deus. Se tivesse tocando até hoje com trompa de igreja não ia dar conta. Perceberam quantas vezes eu mudei de igreja e de cidade? Deus sabe o que faz. Continuei alimentando o sonho da trompa. Comprei um instrumento Melofone em Mib, que veio com o bocal trocado. Bocal de trompete, rsss. Eu não quis trocá-lo, pois achei que eu precisaria mesmo ter embocadura com um bocal pequeno, já que o bocal da trompa é um dos menores. Toquei com este bocal por 06 anos, até que precisei mudar para Presidente Prudente-SP com meus pais e conheci a Orquestra Sinfônica Municipal. Pedi ao maestro Valter Trevizan para me deixar entrar na orquestra. Ele me perguntou se eu tocava trompa, e eu disse que sim. Tocava nada. Referia-me aquela experiência catastrófica, inesquecível, porém decisiva que tive por intermédio do Ismael, santo Recife. Tinha uma trompa weril de pisto e uma trompa jupter de chave sem uso na escola municipal de artes. Qual delas o maestro me deu? A pior é claro, rsss. Eu não vou falar qual delas, para não desmerecer às marcas, mas quem conhece, sabe do que estou falando . Fiquei feliz mesmo assim, afinal era uma chance, a segunda chance após seis anos. Penei muito em aluguns grupos musicais até conseguir comprar minha trompa. Até trompa em sib totalmente desafinada eu toquei um bom tempo. Quando eu resolvi fazer um propósito com Deus de dar meus instrumentos usados para a obra missionária, levei isso a sério e comecei a pensar financeiramente na realização deste sonho. Uma trompa não custa pouco, mas eu estava decidida. Resolvi procurar por uma boa oferta na internet, e encontrei. Eu orava pedindo a Deus que preparasse alguém precisando de dinheiro com muita urgência para me vender uma trompa boa abaixo do preço de mercado. Deus preparou o André Rangel, músico da AD Lapa no Rio de Janeiro. Ele queria terminar sua casa para se casar e precisava de dinheiro. Não foi fácil para eu pagar. Tive que pedir empréstimo para meu pai e para o Pastor João Carlos Padilha que na época estava incentivando os músicos a investirem em seus talentos. Pude contar ainda com a intercessão do meu amigo maestro Jeremias Lino que tocava comigo na municipal. Ele sabia que este sonho era coisa séria para mim, e presenciou muitas vezes eu ser humilhada por pessoas que não acreditaram em mim. Toquei por 05 anos ainda, pela graça de Deus e paciência do maestro Wladimir Júnior na Orquestra Filarmônica da AD em Presidente Prudente, sendo que em 03 destes anos  estive sozinha no naipe, depois tive a grata satisfação de tocar com o fera Christian Brandão e o Douglas bombeiro (a lenda, rsss). Depois dessa vitória, nunca mais eu cogitei a idéia de que não posso. Eu tudo posso naquele que me fortalece. Esta história pode não ter sentido para algumas pessoas que agora estão lendo, mas com certeza, explica que sonhos não têm explicação. A gente não sabe como, nem porque eles nascem dentro de nós. Muitas vezes, quando eu estava angustiada, eu dizia para Deus: porque me destes sonhos se os tornam tão difíceis de realizar? Hoje eu sei e acredito que os sonhos existem para nos moverem a lutar por eles é bem melhor te-los do que desacreditar na VIDA. Sou realizada. Tive a permissão do maestro Mia, o Oliver Rufinus para voltar à igreja de Itaquera depois de 15 anos e integrar o naipe de trompa na Orquestra Filarmônica Daniel Berg na Cantata por ocasião das comemorações de Natal em 2007. Toquei até com o Nono Leão algumas vezes, gente, fiquei chique. Sem me esquecer do Samuel Hamzem da Osesp com quem tive o privilégio de ter algumas horas de aula quando esteve em Prudente em 2009. Lembro-me inclusive de ter participado do processo seletivo para estudar na Escola Municipal de Música em São Paulo em 1994, mas eu quase não consegui realizar o teste porque não tinha trompa. Por favor, quem está começando a estudar música agora, principalmente pra tocar na igreja, estudem hein, na oração Deus só vai te dar unção e capacidade de fazer bem feito, mas tem que estudar. Eu não sou exemplo de dedicação no quesito estudo não. O professor Silas Albano de Prudente bem que tentou por seis meses me ensinar na Escola de Artes Professora Jupyra Cunha Marcondes em Presidente Prudente-SP e eu também tentei render um pouco, é sério hein? rss... Bom, estou em  Belo Horizonte há 01 mês. Devo continuar escrevendo esta história de paixão pela trompa aqui. Obrigada pela paciência de ler tudo isso, parece muito, mas esta é minha vida, esta é minha história.                                                                                                                                                                                                                                                                                                        


MESMO COM A INTENÇÃO DE AJUDAR DESCOBRIMOS INIMIGOS


Gente, ontem eu tive uma experiência curiosa em minha vida. Recém chegada a Belo Horizonte, não conheço ninguém por aqui a não ser o Joeldo, mas ele não estava comigo por conta de uma viagem. Pois bem, sou membro da AD Belém de Presidente Prudente do ilustríssimo e amável pastor João Carlos Padilha de Siqueira, mas em Minas freqüento o ministério de Belo Horizonte. Ontem, DOMINGÃO, eu resolvi congregar na terceira igreja Presbiteriana de BH que fica na rua de casa. Nem eu entendi esse desejo súbito de mudar de rumo já que não congregava nesta denominação há pelo menos uns dez anos. Após a liturgia de início do culto, o pastor ministrou uma palavra que me fez entender a minha atitude. DEUS FALARA COMIGO. O pastor pregou baseado no texto de primeiro Samuel capítulo primeiro. Leu os 20 primeiros versículos. _ história de Ana que depositou em Deus a sua confiança como garantia de vida _.   Ele iniciou contando como Deus tem trabalhado em sua vida nos últimos meses com relação ao seu chamado missionário, tanto que ele está planejando sua ida ao Haiti como missionário. Durante seu sermão, um testemunho seu me chamou a atenção mais do que o referido pastor enfatizou. Aconteceu em sua primeira e recente viagem ao Haiti, já com o propósito missionário e após o terremoto que destruiu a principal cidade daquele país, conforme todos nós acompanhamos nos noticiários. O pastor estava lá para ajudar aquela gente, mas aconteceu-lhe algo que fez com que ele clamasse e se derramasse perante Deus (o dono daquela causa), pedindo por socorro. Após constatar que o caminhão em que ele levava suprimentos necessários para a sobrevivência daqueles desabrigados estava quebrado e impossibilitado de prosseguir viagem, embora já estivesse chegando ao seu destino ele percebeu que estava cercado por moradores famintos e que corria o risco de ser saqueado e a até ter sua vida ceifada.    O foco da mensagem foi: precisamos derramar-nos perante Deus como a única chance de escape e garantia de vida. Eu, porém, percebi nestes relatos como pode a gente tentar ajudar a alguém e descobrir que essas pessaos às vezes nos enxergam como kit sobrevivência. Muitas vezes nossa atitude é de amor, carinho e respeito por aqueles que nos cercam, e acabamos nos sentindo descartados para que atinjam seus ideais. Uma vez ouvi uma frase do pastor Silas Malafaia que explica tudo o que estou tentando dizer aqui.

QUEM TEM DÓ DO MISERÁVEL, ACABA MORRENDO EM SEU LUGAR PRA QUE ELE SOBREVIVA. Foi assim com Jesus.  Diante de tudo isso, só nos resta ter paciência. Não esqueçamos, porém       que a tribulação produz a paciência, segundo o apóstolo Paulo (não me lembro qual de suas cartas na bíblia), ou seja, nós escolhemos o que fazer diante de tais situações. Eu tenho meu jeitinho de dar lições.
 

SEJAM BEM VINDO A ESTE ESPAÇO.

Rose Marques. 20/09/2010

NINGUÉM ME AMA COMO EU...

Inconformada com a realidade, sempre quero mudar. Sou do tipo que demoro a tomar decisões, mas sempre chega aquele    dia em que  eu viro a mesa e mudo de endereço. LITERALMENTE. As criaturas pelas quais eu tenho carinho que o digam... Quem ainda não teve essa experiência comigo talvez um dia tenha, é claro que em se tratando de pessoas muito especiais eu não gostaria de ter tal atitude jamais, porém, EU ME AMO, antes de tudo. Quando eu percebo que preciso cuidar de mim, não tem outro amor que me convença. Só não diminuo meu prazer de estar com Deus, preciso aprender mais sobre Ele, pois Ele sim, esse cuida bem de mim.